DESIGN DE EXPANSÃO
DE SENTIDOS
neri oxman - bio art
A artista, arquiteta e designer Neri Oxman, é do laboratório do MIT Lab que junta arte, ciência, tecnologia, design e engenharia. O trabalho dela é voltado principalmente para bio arquitetura, mas, ela explora principalmente como se construir coisas ao modo natural.
“Bons designers serão alquimistas que misturam átomos e genes. E que expandem essa técnica e tecnologia.
Para construir coisas grandes temos
que pensar pequeno.”
Gráfica que mostra interdisciplinaridade no MIT Lab
Os projetos de Neri Oxman vão até a pavilhões feitos por bichos de seda até tecnológias vestíveis feitas por processos biológicos.

A ideia de utilizar bicho de seda na engenharia estrutural pode parecer estranha, mas tem uma gama considerável de benefícios, garante Oxman. “O bicho-da-seda personifica tudo aquilo que o sistema de fabricação aditiva carece atualmente. Ele libera um material estrutural com propriedades variáveis de funções específicas superiores; é pequeno e se locomove. Além disso, pode tecer estruturas não homogêneas, e, ao mesmo tempo, pode atuar como uma impressora 3D multiaxial sofisticada”. Para completar, depois de feito o trabalho, eles se transformam em mariposas e vão embora, deixando uma quantidade de ovos suficiente para criar, aproximadamente, mais 250 estruturas. É um trabalho que pode ser útil desde para criar abrigos rápidos e construções rápidas ou um projeto de arte.
Neri, cria também diversas tecnologias vestíveis que podem ser usadas para viagens intergaláticas. São experimentos bioquímicos com uma preocupação estética e que possuem funções para o corpo.
Usando a biologia sintética, essa matéria dos vestíveis seria usada para criar micro-habitats ou sistemas que permitiriam aos humanos explorar outros planetas do sistema solar com ambientes que de outra forma seriam letais.
"Cada peça pretende conter elementos de sustentação da vida contidos em estruturas vasculares impressas em 3D com cavidades internas", disse Oxman. "A matéria viva dentro dessas estruturas acabará por transformar o oxigênio para respirar, fótons para ver, biomassa para comer, biocombustíveis para se mover e cálcio para construir."

Mushtari, é projetada para interagir com a atmosfera em Júpiter e é formada a partir de uma fita translúcida contínua formada em camadas que parecem intestinos de animais.

Posicionado em torno do abdômen inferior, o aparelho se propõe a consumir e digerir biomassa, absorver nutrientes, gerar energia a partir da sacarose que se acumula nas bolsas laterais e expelir resíduos.

Zuhal foi criado para se adaptar às tempestades de vórtice em Saturno. As bactérias contidas na superfície texturizada em redemoinho do corpete converteriam os hidrocarbonetos do planeta em matéria comestível.